Melancolia

Tem dias que a gente sente uma tristeza de matar, daquelas tão grandes que dá vontade de sumir, de se dissolver no ar. Alguns problemas pessoais têm me provocado nos últimos dias essa melancolia. Adoro essa palavra. Conheço poucas cujo som combine tanto com o sentido. Mas a melancolia, por mais belo que seja o som, não é bela. Pode ser cruel e em casos extremos chega a ser letal. É preciso combatê-la da melhor forma que se consegue. Fácil de falar, difícil de fazer. Mas há remédios para a melancolia. E não estou falando de antidepressivos, não. Estou falando de arte, e pensando no título de um conto belíssimo de Ray Bradbury, A Medicine for Melancholy. Bradbury foi um de meus autores prediletos no tempo em que eu era um leitor compulsivo de ficção científica. E esse conto é particularmente pungente.
Bem, disse tudo isso pra declarar que no meu caso a arte é um remédio poderoso para a melancolia. Nesses dias tristes tem me feito bem ir ao cinema, ao teatro, ler. Adorei ver Eu, Você e Todos Nós, um indie delicioso, suave e cruel (1) . Fiquei tocadíssimo pela revisão de De Profundis, pela corajosa viagem pelos territórios do desejo e do amor e da dor e da solidão que o texto de Ivam Cabral e a montagem de Rodolfo Vázquez empreendem. E estou lendo dois livros sensacionais. O Terceiro Tira, de Flann O’Brien, e A Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein. Sobre esses livros é preciso falar mais e melhor. Volto outra hora, pq agora o Brasil vai jogar sua sorte em Dortmund, contra Gana. E um bom jogo de futebol também é um bom remédio para a melancolia. Ou não…

Escrito por Alberto Guzik às 11h52

(1) “Me and You and Everyone We Know”. USA, 2005. Direção de Miranda July.
http://www.imdb.com/title/tt0415978/

3×0, mas…

por que será que a seleção do brasil não me convence nem fazendo 3 gols em gana, que tava botando tanta banca antes do jogo? por que será que o jogo do brasil não me deixa feliz? será que é pq sinto que falta alegria em campo? pq não vejo magia no jogo da seleção, só esforço, esforço… e esforço sem tesão. será isso?

Escrito por Alberto Guzik às 15h01

 

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