Pois é, a Alemanha. Com os Satyros na Alemanha. Que viagem louca! Que coisa intensa. Agora começo a pensar de verdade sobre o que vivi nessas duas semanas de turbilhão. E sei que preciso escrever sobre os últimos dias no Thalia ( 1), sobre nossa apresentação no palco da GaussStrasse, nº 190. E sobre o que foi ver a versão de Andreas Kriegenburg (2)no mesmo espaço em que, um dia antes, havíamos nos apresentado na Alemanha pela última vez, para uma casa cheia, sendo ovacionados pela platéia. As emoções ainda são muito fortes, muito intensas. E lembro que não consegui sair do meu lugar, quando o elenco alemão chamou ao palco o elenco paulista da “Vida”, essa obra-prima de Dea Loher que gerou duas criações opostas e magníficas, de A.K. e de Rodolfo García Vázquez. Não fui ao palco não porque não me sentisse merecedor daquele aplauso, que, sabia chegava também até mim. Não fui ao palco para o agradecimento porque queria testemunhar aquilo da platéia como espectador, como testemunha, pra poder escrever depois sobre os sorrisos estampados nos rostos dos artistas de dois continentes, misterriosamente unidos por uma mesma e maravilhosa obra. Dioniso nos abençoôu nessa viagem. Evoé.
Escrito por alberto guzik às 11h15
1) Thalia Theater – Sala em Hamburgo onde Dea Leher é dramaturga.
http://www.thalia-theater.de/h/
2) Andreas Kriegenburg – Diretor alemão. Wikipedia: http://de.wikipedia.org/wiki/Andreas_Kriegenburg